Capricho dos Deuses
Sempre se atribuiu ao cacau poderes místicos e o seu nome em latim é theobroma, que significa "comida dos deuses".
O cacau estimula o metabolismo por causa do seu elevado conteúdo de teofilina (substância semelhante à cafeína) e é relaxante, uma vez que contém um alcaloide chamado triptofano, capaz de estimular a produção de serotonina no cérebro. Esta hormona é responsável pelas sensações de tranquilidade, relaxamento e felicidade.
Para além do relaxamento, o cacau combate a flacidez e a secura das camadas superiores da epiderme, estimulando a renovação do colagénio e da elastina, tornando a pele mais tonificada e elástica. Também é um excelente antioxidante que protege a pele dos radicais livres que destroem as células e aceleram o envelhecimento da pele.
Descubra um mundo de êxtase neste soberbo ritual, coberto de chocolate e cercado por este aroma celestial!
Comece por relaxar com uma massagem de boas-vindas às costas, de seguida, a esfoliação marroquina, o envolvimento em chocolate e massagem à cabeça para a(o) deixar nas nuvens, a massagem corporal com óleo e manteiga de cacau e um mimo facial, fazem deste ritual com aroma a chocolate... Um verdadeiro capricho dos deuses!
"Conta uma certa lenda que um deus Asteca, Quetzcoalt, o senhor da Lua prateada e dos ventos gelados, certo dia ofereceu aos homens, um presente roubado do país dos deuses. Querendo ele dar aos mortais algo que os enchesse de energia e prazer, foi aos campos luminosos do Reino do Sol e lá roubou as sementes da árvore sagrada. Os outros deuses não lhe perdoaram que tivesse dado a conhecer o alimento divino e expulsaram-no das suas terras. Antes de Quetzcold se ir embora, jurou que iria regressar por “onde o Sol sai” num certo ano do calendário asteca.
E foi assim que as sementes do cacaueiro teriam nascido na região Asteca, dando origem à árvore. O chocolate tinha tanta importância entre estes povos que a bebida só era consumida por reis, nobres e guerreiros. Também a usavam em sacrifício aos deuses, funerais e rituais de iniciação e as sementes serviam como moedas de troca. Para os índios Astecas, as sementes do cacau com as quais faziam uma infusão, era considerado um poderoso afrodisíaco. Juntavam às sementes torradas e moídas, água e especiarias (malagueta, canela, pimenta ou baunilha) e por vezes farinha de milho para ficar mais espessa e obtinham uma bebida de sabor forte, mas muito energética.
Era esta bebida que o Imperador asteca Montezuma bebia antes de ir para o seu harém e que um dia ofereceu ao conquistador espanhol Hernando Cortez, confundindo-o com o deus Quetzcoalt, por causa das suas roupas e por ter surgido do lado de onde nasce o Sol, montando a cavalo, precisamente no ano em que era suposto o retorno do Deus. Cortez passou a acreditar que o chocolate aumentava a “perfomance” sexual, uma vez que foi recebido por 600 mulheres (o harém do Imperador)!
De regresso a Espanha, Cortez presenteou o rei Carlos V com as preciosas sementes, tornando-se o cacau tão precioso e popular em Espanha, que a sua produção foi mantida em segredo por um século. Só mais tarde foi introduzido em Inglaterra e de manufacturado passou a ser industrializado. A partir de meados do séc. XIX é que passou a ser consumido sólido e não apenas líquido como tinha sido até ali."